Arquivo de Jongui pelo Mundo - Labadee Tour - Viva mais, viaje mais! https://labadeetour.com.br/category/jongui-pelo-mundo/ Agência de viagens em Curitiba Thu, 22 Feb 2024 16:23:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.6.2 https://labadeetour.com.br/wp-content/uploads/2019/04/cropped-apple-icon1-32x32.png Arquivo de Jongui pelo Mundo - Labadee Tour - Viva mais, viaje mais! https://labadeetour.com.br/category/jongui-pelo-mundo/ 32 32 Crônicas de viagem da Labadee: o fascínio do esqui https://labadeetour.com.br/2024/02/22/cronicas-de-viagem-da-labadee-esqui-na-neve/ Thu, 22 Feb 2024 13:21:31 +0000 https://labadeetour.com.br/?p=9391 A neve do país tropical Nascido e criado em Curitiba, até hoje não me acostumei com o frio da cidade. Praticar esqui? Parece impensável. Sem dúvida, sou um amante do sol e do calor, preferencialmente com os pés na grama ou na areia. Assim como acredito que a maioria dos brasileiros também seja, afinal, moramos […]

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A neve do país tropical

Nascido e criado em Curitiba, até hoje não me acostumei com o frio da cidade. Praticar esqui? Parece impensável.

Sem dúvida, sou um amante do sol e do calor, preferencialmente com os pés na grama ou na areia. Assim como acredito que a maioria dos brasileiros também seja, afinal, moramos num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza. 

Contudo, não é de hoje que os esportes de montanha vêm conquistando cada vez mais os brasileiros. As várias possibilidades de esporte e diversão na neve têm crescido muito entre nós. Por herança geográfica e cultural, nossos “hermanos” já têm esse hábito há décadas. E, para muitos de nós, o primeiro contato com a neve foi na lindíssima Bariloche.

Valle Nevado, Bariloche, Lãs Lenas, Chapelco, Ushuaia, Corralco são alguns dos destinos de neve mais famosos por aqui, sendo Portillo, no Chile, a primeira estação de esqui da América do Sul. Temos excelentes hotéis, com requinte e atendimento de alto padrão, além, é claro, de boa comida com excelente vinho ou cerveja, é claro (Patagônia).

A história e o fascínio sobre o esqui

Há indícios de que o esqui surgiu como um meio de transporte na Europa entre os séculos VIII e VII a.C., já sendo usadas pás nos pés para facilitar o deslocamento. A prática só foi transformada em esporte no século XIX.

A curiosidade pelo frio, a textura da neve, o charme e elegância das roupas criam um ambiente completamente diferente do qual estamos acostumados – uma mistura de encantamento com o novo que está por vir!

Outro detalhe muito importante que acredito estar fazendo a diferença para o crescimento desse tipo de viagem de esporte/lazer entre nós é que, ao viajar para esquiar em grupo, seguimos aquela máxima de que quanto mais gente, melhor. Afinal, amigos fazem o que amigos fazem. 

Acrescenta-se ao fato de que, se você nunca subiu em um esqui ou numa prancha de snowboard, em 2 ou 3 dias, já está descendo algumas ladeiras e superando os seus próprios obstáculos.

A grande sacada dos hotéis Club Med

E é aí que entra a grande sacada dos hotéis Club Med: eles formataram um produto de “neve” que caiu como uma luva no gosto dos brasileiros. 

Primeiramente, porque é de domingo a domingo, o que “obriga” você a descer a montanha durante uma semana inteira. Já inclui os acessos aos meios de elevação na montanha (“ski lift”), que em muitos lugares do mundo, principalmente nos EUA, são caríssimos. 

Adiciona-se um sistema All Inclusive, que os brasileiros adoram, e o pulo do gato: já inclui 4 horas de aulas por dia em grupo. Afinal, se você quer ser melhor em algo, tem que fazer aula, não é mesmo? A hora/aula em qualquer lugar do mundo é caríssima. Dito isso, a venda é feita com preço em reais, podendo parcelar em até 8x sem juros (os brasileiros amam uma parcela), comprando com desconto com até 10 meses de antecedência. Bingo!

Como disse um cliente nosso habitual do Club Med: “o valor da parcela do Club Med já está no custo mensal da planilha familiar”!

Conheça mais sobre os resorts

O Club Med nasceu na década de 50 com o objetivo de facilitar as férias de verão e inverno. Hoje, atua em 26 países e tem mais de 70 hotéis pelo mundo, além de cruzeiros.

Referências em destinos de neve, os resorts oferecem uma experiência completa, com aulas de ski e snowboard com profissionais especializados, espaços de relaxamento impecáveis, com piscinas aquecidas e spa, além do melhor da gastronomia local e internacional! Só na Europa, são 16 opções, além de Canadá e Japão.

Ski Club da Labadee Tour e o fascínio do esqui

Data definida, viagem comprada, aquela mistura de ansiedade com o novo que está por vir. 

Nunca esquiou? Nós damos dicas do que levar e fazer, mas a sensação da primeira descida sozinho na montanha causa uma espécie de vício instantâneo. 

A adrenalina bate, a sensação de vencer aquele pequeno desafio e já ir para o próximo é fantástica. 

As pessoas com aquela vestimenta de esqui são bonitas e estilosas, e geralmente o pôr do sol é uma das coisas mais lindas da montanha. 

Além de uma taça de vinho em algum restaurante no meio da brincadeira (acredite, você esquia melhor).

E pensando em tudo isso, a Labadee criou o Ski Club, onde a ideia é juntar o maior número de pessoas conhecidas para uma semana de pura diversão. Seja na América do Sul, no Norte ou na Europa, todos os anos teremos saídas exclusivas.

Seja bem-vindo ao mundo gelado que tem conquistado cada vez mais amantes oriundos do país tropical!

 

Um abraço João Guilherme Rebellato

 

Este texto não tem o objetivo de promover algo, é apenas uma crónica de viagem. Se você se viu no meu relato e gostaria de comentar algo ou tirar alguma dúvida, ou se possui dicas e sugestões, é só dar um grito aqui: joaoguilherme@labadeetour.com.br ou enviar uma mensagem para a Labadee Tour.

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Jongui pelo Mundo: As cores e sabores do Marrocos https://labadeetour.com.br/2023/03/10/jongui-pelo-mundo-as-cores-e-sabores-do-marrocos/ Fri, 10 Mar 2023 19:50:57 +0000 https://labadeetour.com.br/?p=9173 “Nossa, eu amei o Marrocos, voltaria várias vezes.” “João do céu, não gostei de nada, nem da comida…” O grande viajante e sábio Amyr Klink já disse: “Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou […]

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“Nossa, eu amei o Marrocos, voltaria várias vezes.”

“João do céu, não gostei de nada, nem da comida…”

O grande viajante e sábio Amyr Klink já disse: “Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.”

Não é fora do comum ouvir amigos, familiares e conhecidos falarem o que acham das suas viagens. Todos têm uma opinião sobre o que mais gostou e o que não agradou em suas andanças. Às vezes, fico pensando como é complicado indicar algum lugar ou destino, pois é muito pessoal. Como agente de viagens, procuro sempre deixar claro que tal dica foi a minha experiência, e que nunca deixe de viver o acaso que pode acontecer na sua viagem, ele pode te surpreender. Pensando nisso, a convite da Access e da Kangaroo Tours, fiz as malas e fui tirar as minhas próprias conclusões sobre o Marrocos.

Fatos sobre o Marrocos

Antes de mais nada, o Marrocos é um país localizado no norte da África. Historicamente, foi habitado por diversas populações árabes e berberes, e ainda colonizado por franceses e espanhóis. Atualmente, o Marrocos é um dos principais atores geopolíticos da África, assim como é uma das economias mais desenvolvidas desse continente.

Nessa narrativa, vou inverter as ordens e começar pelo que mais gostei, afinal qual a razão em deixar por último a minha opinião?

Se você já leu algum dos relatos meus, claramente sabe que sou fã de comer e beber. Para mim, a gastronomia local diz muito sobre a cultura de um povo. Em um país com influência espanhola, francesa e árabe no mínimo, me causou grande curiosidade gastronômica.

A culinária marroquina

Qual é a primeira coisa que vem à sua cabeça quando ouve gastronomia marroquina?? Aposto que é cuscuz, não é mesmo? Para mim também era.

Mas para a minha surpresa, o Marrocos é muito mais que cuscuz. A culinária marroquina é reconhecida por sua autenticidade, sabores, cores e cheiros exóticos. As especiarias são usadas abundantemente. Nesse sentido, canela, cominho, gengibre, sésamo, açafrão e pimenta preta são apenas alguns dos exemplos. As azeitonas, limões e laranjas são muitas vezes usados para confeccionar os pratos.

Por tradição, no Marrocos come-se com a mão direita – o polegar e os três primeiros dedos – e o pão está em todas as mesas como acompanhamento – aliás comi os melhores pães. A tradição manda que se coma de uma única travessa comum por todos que se sentarem à mesa. Mas, nos restaurantes, há sempre talheres para poder comer se não se sentir à vontade para comer com as mãos (eu só comi com talheres Kkkkk).

Depois de 8 dias de viagem a balança me entregou, para mim a comida foi o ponto altíssimo da viagem!! Além de experimentar tudo, ainda fiz aula de culinária. Alguém arrisca? Se der errado, a gente pede pizza! Hahahaha

Quem participou da aventura?

Estávamos em 5 agências de viagens, 1 operadora e 1 representante de DMC (Destiny Management Company) e foi fundamental a conexão entre nós. Fiquei extremamente feliz em saber que tem tanta gente boa no mercado, agências com propósito e com foco no atendimento ao cliente tanto quanto nós!

Carinhosamente chamada de mainha, Flávia é de Salvador e está há mais de 30 anos no ramo. Como toda baiana arretada, sabia de tudo e deu muita dica legal para todos;

A Gabi 01 está somente há 4 anos no ramo, domina como poucos a arte da venda on-line pelo Instagram de viagens de luxo, e não hesitou em ensinar a galera a ficar ainda mais digital;

A Isa é a representante da Access, quem nos convidou para a viagem, e cuidou de tudo para nós. Dessa forma, não tivemos imprevisto algum. Obrigado, Isa!;

Já o Junior tem quase 15 funcionários e comanda uma baita agência em uma cidade do interior do Mato Grosso, grande inspiração;

Celso, diretor da Kangaroo em Goiânia, é um japonês engraçado e gente fina. Não tinha tempo ruim com ele, topava todas o tempo todo.

Gabi 02, carinhosamente chamada de Bibi, era a mais novata da turma. E brilhavam os olhos quando falava de viagem. Ao fim, agradeceu a todos e disse que tinha aprendido bastante, mal sabe ela que nos ensinou muito também.

Sempre acreditei que viagens são ferramentas de desenvolvimento cultural, social e pessoal. E acredito muito que viajar é se conectar com culturas, lugares e pessoas. A conexão com essa turma foi fundamental para que pudéssemos aproveitar cada segundinho do que estava programado.

O roteiro

Tanger

Nossa primeira parada foi Tanger, cidade localizada ao norte do Marrocos, situada às margens do estreito de Gibraltar*, o cabo spartel é o encontro entre o mar Mediterrâneo e o oceano Atlântico.

Nosso voo atrasou, e chegamos com fome. Fomos direto ao Tangerino, restaurante com vista para o mar e fomos recebidos com um vinho branco marroquino, polvo grelhado e uma paella no capricho, gastronomia marroquina com forte influência mediterrânea dando as boas-vindas!

Foi nessa cidade onde houve o mundial de clubes em fevereiro. Além de visitar a Medina e a Gruta de Hércules – que foi legal, o ponto altíssimo foi a hospedagem no recém-inaugurado Fairmont Tazi Palace. Um pequeno palácio transformado em hotel, com muito requinte, luxo e ótima localização.

Tanger, em suas devidas proporções, achei uma cidade parecida com Curitiba, cidade limpa e organizada e com muito turismo de negócios pela proximidade com a Europa. Depois de praticamente um banquete no hotel para o jantar, simplesmente experimentamos de tudo no cardápio no melhor estilo “para compartilhar”, na manhã seguinte seguimos para a cidade azul.

Chefchaouen

Chefchaouen é, disparada, a cidade mais instagramável que já visitei (palavra da moda Kkkk).

Antes de mais nada, existem várias teorias acerca dos motivos para essa cidade ser toda pintada de azul, desde espanta mosquitos até a chegada dos judeus na década de 30 para identificação das suas residências. Achei super bonitinha, e a hospedagem ficou por conta de um Riad pequeno e charmoso dentro da medina. À noite, ainda teve um banho marroquino que foi interessante.

Fez

Seguimos viagem via terrestre para Fez e, no caminho, conhecemos Volubilis, cidade fundada no século III A.C. que chegou a ser a capital do antigo reino Mauritânia. Também visitamos a cidade de Meknes, onde sua medina está na lista de patrimônio mundial da Unesco. Gostei bastante do Mausoléu Moulay Ismail, todo em mosaico feito à mão, obra de arte a céu aberto!

Por fim, na sexta-feira, dia 24, final de tarde chegamos ao hotel em Fez. Foi nesse instante que a viagem para mim pivotou! Um apto de 70 m² me esperava no elegante Hotel Sahrai. Chegamos e já fizemos um site inspection: o spa da Givenchy é um espetáculo à parte, e são apenas 3 no mundo todo! À noite, fomos jantar no sensacional Maison Blanche.

Novamente compartilhamos os pratos e a comida estava deliciosa, dessa vez regada a um vinho tinto marroquino que foi aprovadíssimo.

O dia seguinte foi muito especial. O turismo para mim é muito mais do que fazer as malas, carimbar o passaporte e partir. Acima de tudo, para mim, é teletransporte cultural, é observar o mundo de um outro ângulo, é perceber o que realmente importa para as pessoas. Gosto muito de parar em um local e ficar observando as pessoas que lá residem, e a Medina de Fez foi um caldeirão cultural que me proporcionou tudo isso.

Se você segue a Labadee no Instagram (@labadeetour), viu que até exagerei em fotos de pessoas, artesãos e mercados diferentes, né? Havia desde pratos de bronze feitos à mão até cabeças de dromedário e carneiros vendidos livremente nos balcões dos mercados!

Fez irradia uma aura singular. É rica num passado de prestígio e reserva surpresas inesperadas.

Fez e o mais tradicional do Marrocos

Algo medieval permanece na maior área urbana livre de carros do mundo: burros transportam mercadorias pela meada de becos. Fez El Bali (antiga Fez) é um labirinto de ruas sinuosas com monumentos e mesquitas centenárias. Tão bem preservados quanto a arquitetura tradicional são os ofícios tradicionais praticados ali há séculos: esta é uma rara oportunidade de ver quantos tesouros distintamente marroquinos, de couro fino a potes de cobre, são feitos.

Cerca de 90 mil pessoas ainda vivem na Medina de Fez. De antemão, pode parecer que está em um estado de perpétuo pandemônio; alguns visitantes se apaixonam instantaneamente e outros ficam assustados.

Mas, seja como for, seus encantos são muitos: becos aparentemente sem saída levam a praças com fontes requintadas e ruas repletas de barracas de comida aromática, telhados revelam um mar de minaretes e portas curvadas revelam artesãos incansáveis.

Saindo dali, o choque foi ainda maior, pois fomos para o curtume de Fez chamado Chouwara Tannerie, o maior da cidade e localizado dentro da medina.

Curtume de Chouwara Tannerie

A vista é de vários homens andando entre tanques de diversas cores. O couro cru é levado para o tanque e, depois de horas pisando para que fiquem macios, eles atingem a cor desejada. Nos tanques, o principal ingrediente são excrementos de pombo, além de ácido e urina de vaca, então imagine o cheiro. Ao entrar, você ganha um raminho de menta para colocar no nariz, mas nesse dia o vento não nos favoreceu.

Todavia, olhar aquilo a olho nu foi uma das experiências mais genuínas que tive, uma volta a um período mais tradicional diante dos meus olhos em pleno século 21.

À noite aproveitamos para fazer uma visita ao espetacular hotel Riad Fez, um relais chateaux de 30 apartamentos situado dentro da medina que nos proporcionaram um delicioso jantar marroquinho.

Finalmente, na manhã seguinte, arrumamos as malas cedo e partimos para a cereja do bolo: a tão esperada Marrakech com hospedagem no icônico hotel La Mamounia.

Marrakech

Desde que me conheço, sonhava em me hospedar nesse hotel: atemporal e moderno, radiante e íntimo, oriental e aberto ao mundo, luxuoso e autêntico, mítico e vibrante. O La Mamounia é tudo isso e mais um pouco, é um palácio no coração de Marrakech – que esse ano completa 100 anos!

Da mesma forma, os dois dias inteiros que ficamos em Marrakech foram extremamente intensos e muito bem aproveitados: voo de balão, aula de culinária marroquina, passeio de camelo, visita ao Inara Camp no deserto de Agafay, o incrível jardim de Majorelle, o Palácio Bahia e a praça mais maluca que já vi na vida: Jamaa El Fna, ali fiquei uns 20 minutos assistindo aos encantadores de serpentes que até então só tinha visto em filme.

Disparado o melhor restaurante foi em Marrakech, anota essa dica ai: La Maison Arabe.

Uma das noites, mesmo muito cansados, encaramos uma volta a pé pela região de Hivernage, um bairro super chique pertinho do nosso hotel. Marrakech tem uma pegada elegante francesa, com noite vibrante e bares/restaurantes super descolados. Por lá é extremamente seguro andar a pé entre carrões e carruagens.

Em resumo…

Donos de uma cultura própria, um povo extremamente educado e hospitaleiro e uma gastronomia ímpar. Em suma, o Marrocos me surpreendeu muito como destino. Arrumei as malas, fui e vi com os meus próprios olhos e, como resultado, tirei as minhas conclusões: voltei apaixonado pelo país!

Obrigado Kangaroo Tours e Access pela oportunidade. Aos colegas de viagem, valeu demais a parceria!!!

Shukran Marrocos!!!

Um forte abraço,

João Guilherme Rebellato

Este texto não tem objetivo de promover algo, é apenas uma crônica de viagem. Se você se viu em meu relato e gostaria de comentar algo ou tirar alguma dúvida, ou se possui dicas e sugestões, é só dar um grito aqui: joaoguilherme@labadeetour.com.br

* O estreito de Gibraltar é um estreito que liga o mar Mediterrâneo com o oceano Atlântico, situado entre o extremo sul da Espanha e o norte do Marrocos, no noroeste da África. Tem 58 quilômetros de comprimento e estreita-se a 13 quilômetros de largura entre a ponta Marroquina e a ponta Cires.

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Praia da Pipa: relato de viagem de um reencontro com a natureza https://labadeetour.com.br/2023/01/10/praia-da-pipa-relato-de-viagem-de-um-reencontro-com-a-natureza/ Tue, 10 Jan 2023 17:32:28 +0000 https://labadeetour.com.br/?p=9142 Um dos pilares da Labadee Tour é conhecer ao máximo o produto que vende e, de preferência, ainda ter um relacionamento super estreito com o fornecedor. Sempre entendemos que esse relacionamento estreito com o lado de lá, somente trará benefícios para os nossos clientes. Seja na indicação, seja no mimo especial ou até na resolução […]

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Um dos pilares da Labadee Tour é conhecer ao máximo o produto que vende e, de preferência, ainda ter um relacionamento super estreito com o fornecedor. Sempre entendemos que esse relacionamento estreito com o lado de lá, somente trará benefícios para os nossos clientes. Seja na indicação, seja no mimo especial ou até na resolução de algum eventual problema.

Pensando nisso, fizemos as malas e entramos no avião rumo ao Rio Grande do Norte, mais especificamente a praia da Pipa. Mas antes de começar, vamos lá:

A Praia da Pipa

O Rio Grande do Norte é um estado na extremidade nordeste do Brasil. Portanto, a sua capital, Natal, se encontra numa costa repleta de praias, onde também fica o Forte dos Reis Magos, um forte português do séc. XVI em formato de estrela. Por outro lado, Ponta Negra, é uma praia enquadrada pela enorme duna, bem no Morro do Careca, um símbolo da cidade. Ao sul, a praia da Pipa é uma estância célebre pelo surfe e pelos golfinhos, um lugar que traz paz e tranquilidade aos viajantes.

A primeira e última vez que tinha ido à praia da Pipa foi há 20 anos, mas me lembrava que o ar de lá tinha algo diferente e especial. Uma mistura de “good vibes”, com boas pousadas e serviços. E, durante esse período, a hotelaria, bem como os serviços, melhoraram muito! Aí que entra o lodge que fomos visitar, Filha da Lua. E a chegada não poderia ter sido mais especial, pois a lua cheia nos esperava para dar as boas-vindas!

O hotel na praia da Pipa

A Pipa tem um centrinho agitado e charmoso, e várias praias lindas ao redor, onde a maioria é de acesso através das escadas, por conta das falésias. O Eco Lodge Filha da Lua escapa um pouco desse conceito, pois fica situado pertinho do centro (1,5 km aprox.), mas está na Praia das Minas, um pouco afastada da muvuca e literalmente à beira-mar. Para mim, é perfeito!!!

O Eco Lodge é composto por nove vilas rodeadas por pura natureza e vegetação exuberante. A Filha da Lua oferece a oportunidade de desfrutar de um ambiente relaxante, para se conectar com você, a natureza e seus habitantes locais. Ou seja, tranquilidade sem fim!

Com base em práticas de construção sustentável para preservar as florestas do entorno e o terreno, o resort foi construído com madeira de reflorestamento de eucalipto. Além disso, a fim de manter o entorno completamente descontaminado, cada bangalô foi construído sobre palafitas para preservar a permeabilidade do solo sem degradá-lo, também por meio da introdução de uma estação de lixo 100% ecológica.

Experiências gastronômicas 

Combinados ao seu estilo rústico, natural e sofisticado inspirado na arquitetura balinesa, todos os elementos da Terra estão em perfeita harmonia. A maioria das frutas e vegetais usados ​​no restaurante são cultivados na própria Fazenda – “Pachamama”, uma fazenda orgânica que leva o conceito ‘da fazenda para a mesa’ por meio da biodiversidade e permacultura.

Eu nunca tinha experimentado um hotel onde a alimentação é 100% gluten-free, e olha, fiquei muito surpreso com a qualidade da comida. Considerando que a região é uma rota do atum, o peixe fez parte do nosso cardápio durante nossa estada.

Aproveitamos para explorar o redor com passeio de UTV para conhecer a belíssima barra do cunhaú, a qual fica ali pertinho. Em seguida, curtimos a noite no centrinho da pipa, praia e piscina com sol o tempo todo. Afinal, vínhamos de 3 meses de falta dele na capital paranaense.

Ainda, o hotel oferece aula de ioga, que aproveitamos e fizemos todos os dias antes do café da manhã. Para quem não tinha essa experiência, como eu, achei maravilhoso.

Foram 4 dias de puro descanso para o corpo e a mente, embora o sol sempre presente, a brisa fresca do mar ajudava a aliviar o calor entre um mergulho e outro.

O chef cuidou tão bem de nós que um dia, à tarde, simplesmente se aproximou e perguntou o que gostaríamos de comer. Ele fez uma paella – que não estava no cardápio – espetacular, e com duas doses de vinho branco, ficou ainda melhor. 

Minhas considerações 

A sensação do hotel o tempo todo pensando no seu bem-estar foi uma grata surpresa, além de todo cuidado com a natureza e a alimentação.

Para dias de descanso e um pouco de agito no centro, está mais que recomendado. O Juan, que é o concierge, vai cuidar MUITO bem de você!!

Aproveite sua próxima viagem entre amigos ou família para um pulinho de 4 ou 5 noites no Rio Grande do Norte, tenho certeza que não irá se arrepender!! A Pipa é logo ali!

Um feliz 2023 cheio de saúde, paz, alegrias e muitos carimbos no passaporte!!

Um abraço,

João Guilherme

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Tierra Atacama – setembro de 2022 – Por João Guilherme https://labadeetour.com.br/2022/09/29/tierra-atacama-setembro-de-2022-por-joao-guilherme/ Thu, 29 Sep 2022 19:01:23 +0000 https://labadeetour.com.br/?p=9095 O ano era 2008, eu estava em São Paulo participando da Remote Latin America que, na época, era um encontro da SUL HOTELS, ocorrido na casa da avó de Roberto Bitelman. Pela primeira vez, ouvira o termo turismo “Robinson Crusoé”, numa apresentação do recém-inaugurado Tierra Atacama, feita com maestria pela Constanza Leiva – executiva de […]

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O ano era 2008, eu estava em São Paulo participando da Remote Latin America que, na época, era um encontro da SUL HOTELS, ocorrido na casa da avó de Roberto Bitelman. Pela primeira vez, ouvira o termo turismo “Robinson Crusoé”, numa apresentação do recém-inaugurado Tierra Atacama, feita com maestria pela Constanza Leiva – executiva de vendas do hotel que se tornou uma grande amiga.

O que é o viajante Robinson Crusoé?

Meu olho brilhou e o coração disparou, pois imediatamente me conectei com aquele método de viagem, como se a essência dela fizesse ainda mais sentido!! O viajante “robinson crusoé” adora atividades externas e explorações, mas não abre mão de uma ótima estrutura e gastronomia de ponta, além de um hotel comprometido com o ambiente em que está inserido. Ele entende que o maior luxo é a experiência a ser vivida. Portanto, que tal beber um espumante e comer um petisco às margens de um vulcão? Mas, para isso, você terá que caminhar até lá. Luxo puro, não?

Hotéis Tierra

De uma família chilena com tradição em negócios e hotelaria, os hotéis Tierra ganharam minha simpatia e admiração, que depois ainda abriram hotéis na Patagônia e nas ilhas Chiloé. Eles entenderam, como poucos, o luxo da experiência. Compreenderam com maestria que a verdadeira conexão é com a natureza e que o real luxo é se desconectar do virtual, para se conectar com o real… Hoje é até comum o hotel não ter televisão no quarto, mas há 14 anos era vanguarda pura!

Nesses 14 anos de hotel, fizemos inúmeras vendas, e a satisfação sempre foi de 100%. Embora a Neusa tenha tido a oportunidade de conhecer tanto o Tierra Atacama quanto o Tierra Patagonia, a minha vez ainda não havia chegado, mas sabia que hora ou outra, viria. 

Então, em época de pandemia conseguimos uma grande oportunidade: um super desconto para os nossos clientes! Foi assim que conseguimos esticar a chance de 42 pessoas conhecerem o deserto do Atacama, viver a experiência do Tierra.

Como é o Atacama?

Antes de mais nada, o deserto do Atacama se situa na região norte do Chile até a fronteira com o Peru. Com cerca de 1 000 km de extensão, é considerado o deserto mais alto e mais seco do planeta, já que a precipitação média é de 1 mm/ano.  

Contudo, as temperaturas no deserto variam entre 0 °C à noite e 40 °C durante o dia. Devido a essas condições, lá existem poucas cidades e vilas. Uma delas, muito conhecida, é São Pedro de Atacama, com pouco mais de 3 000 habitantes e situada a 2,4 mil metros de altitude. Por ser bem isolada, é considerada um oásis no meio do deserto e a principal porta de entrada para o Atacama.

O esquema do Tierra Atacama é perfeito: são apenas 38 apartamentos, além de ter todas as partes comuns integradas, o que dá uma sensação ímpar de estar em casa. O sistema all-inclusive de comidas, bebidas e traslados facilita muito a vida do viajante explorador, além de ter os passeios inclusos com guias excelentes que te levam conhecer tudo no Atacama com conforto e muita segurança, de acordo com a sua vontade e seu condicionamento físico. Não tá afim de sair do hotel? A piscina e o spa te esperam para ter horas agradáveis de relaxamento com vista para o imponente vulcão Licancabur.

 

Passeios inclusos

         

Estávamos em 7 e a nossa turma era ótima, teve até pedido de noivado entre uma laguna altiplânicas e outra. Hahaha

Sentir os efeitos da altitude, do vento, do clima absurdamente seco do deserto, o desafio de pegar rajadas de vento de 80km/h para fazer um passeio, de entrar na água da Laguna Cejar com uma temperatura de 3° C, mas chegar para o jantar e comer um risoto de polvo acompanhado de um pinot noir chileno e tomar um banho quentinho, deitar na cama preparada com carinho para o seu sono restaurador não tem preço. Já diz Amyr Klink:

Um homem precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto.”

Sempre acreditei que viajar é uma baita ferramenta de desenvolvimento humano e pessoal. Você sai completamente da sua zona de conforto e passa a enxergar o mundo com outros olhos. Conhecendo culturas e credos que não são os seus, e isso amplia o mundo para si. 

Que tal conhecer o Atacama?

Então, não perca tempo. Se planeje e se jogue para conhecer o mundo no melhor estilo “robinson crusoé”, ou no estilo que mais faça sentido para você: o importante é viajar.

Agradeço meus parceiros dessa empreitada: Lêlê, Tielo, Clau, Rê, Marce e Dí.

À BWT Operadora, sempre nossa parceira, valeu!

E a você, minha amiga querida, Constanza Leiva, MUITO OBRIGADO por me apresentar e nos proporcionar essa experiência!!! Ano que vem, Partiu Patagônia!!!

Este texto não tem objetivo de promover algo, é apenas uma crônica.

Se você se achou no meu relato e gostaria de comentar algo ou tirar alguma dúvida e tem dicas ou sugestões, é só dar um grito aqui: joaoguilherme@labadeetour.com.br

Um forte abraço,

João Guilherme Rebellato

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O céu é aqui! | Contos de Península de Maraú, por João Guilherme https://labadeetour.com.br/2021/10/22/o-ceu-e-aqui-contos-de-peninsula-de-marau-por-joao-guilherme/ Fri, 22 Oct 2021 15:59:02 +0000 https://labadeetour.com.br/?p=8941 Era perto das 5 da manhã –  cansaço me dominava, afinal tinha passado a noite em claro. Abri o olho beem devagarinho e recebi um presente de Deus: o dia nascendo sob um mar de nuvens a 20 mil pés de altitude. Agradeci, agradeci e agradeci. Em seguida, o comandante informou: tripulação, preparar para o […]

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Era perto das 5 da manhã –  cansaço me dominava, afinal tinha passado a noite em claro. Abri o olho beem devagarinho e recebi um presente de Deus: o dia nascendo sob um mar de nuvens a 20 mil pés de altitude. Agradeci, agradeci e agradeci.

Em seguida, o comandante informou: tripulação, preparar para o pouso.

Em 2019, a Labadee ganhou um prêmio de vendas, que seria entregue em uma viagem ao Marrocos no ano seguinte. Por conta da pandemia, a viagem foi cancelada 2 vezes e, então, aconteceria no Transamérica Comandatuba, na Bahia. 

Aproveitei o embalo e quatro dias antes fui conhecer a Península do Maraú, naquele velho e delicioso papo de viajar sozinho – já experimentou?? Se sim, me conta. Se não, go for it.

Península de Maraú

Com praias semi desertas de areias branquinhas, a Península de Maraú é uma das áreas mais preservadas da Bahia. Cercada por praias desertas e outras mais movimentadas, o destino é perfeito para quem ama sol, praia, calor e muito sossego! Graças ao acesso restrito, o lugar é super conservado, o que torna a viagem ainda mais íntima. 

Localizada na região da Costa do Cacau, a região é uma das mais visitadas pelos turistas e é famosa pelas belíssimas paisagens e claro, pelas obras eternizadas do escritor Jorge Amado. Se você busca por um mix de aventura e diversão com muito sossego e calmaria, Maraú é o lugar ideal!

Quando fui ao Jalapão em maio deste ano, conheci uma galera muito legal e resolvi compartilhar a foto do nascer do sol no grupo e contar para a turma que estava indo para Marau. Rapidamente a Ana me responde: João, também estou indo para lá agora! Estávamos no mesmo voo. 😱

Uma amiga minha, a Cris, esteve nessa viagem recentemente e foi picada pelo bichinho off-line do Jalapão (veja relato sobre minha viagem pra lá clicando aqui) e, na hora, mandei pra ela: Cris, você não acredita! Encontrei uma amiga do Jalapão no voo! Ela me responde: isso tem um porquê! Viva essa coincidência! É para você se conectar exatamente com aquele João que viajou pro Jalapão.

Isso entrou na minha cabeça, aproveitei o voo de sampa para Ilhéus para capotar e praticamente acordei na Bahia.

Chegando na Bahia

O calor das 10 da manhã era absurdo. Retirei o carro alugado e já parei em um posto para comprar água para me hidratar. A mensagem da Cris não saía da cabeça.

Como em um déjà vu, me veio a ideia de chegar na pousada sem GPS! Seja bem-vindo, modo avião! Hahaaahhaah

Eu queria sair do comodismo, do óbvio, queria que o acaso me protegesse enquanto eu estivesse distraído! 

Tratei de ligar a minha melhor playlist. Sabe aquela que só tem as músicas que você canta inteira!? Passei de Face to Face a Cazuza, de Rivets a Causing Effect, não esquecendo de Foo Fighters e o querido Sir Paul McCartney. E toquei-lhe pau. 

Sabia que Maraú era para o norte do Estado, então me orientei pelo sol e perguntei para um tio no sinaleiro: buenas, é aqui que vai para Maraú? É sim!! A cada 20 minutos parava para fazer um check point e confirmar se estava no caminho certo. Sabia que poderia ter que fazer a volta algum momento e estava confortável com aquilo. Incrível o que a força de um modo avião de celular e a sua playlist favorita fazem. Uma sensação gostosa de pertencimento passava a me dominar e em 20 minutos já não tinha mais voz.

Eu sabia que em algum momento eu teria que virar para o oeste para dar a volta na península e chegar de carro até lá. Só não sabia onde! 

Em 2010, fui para Itacaré e me veio à memória um suco de cupuaçu que tomei e estava maravilhoso. Eu lembrava que era antes de uma rotatória e depois da praia do hawaizinho – era o suficiente para eu achar! Estava disposto a encontrar aquele lugar e saborear um suco natural. Achei de primeira. E a Claudia me sugeriu a tapioca nordestina e o suco de mel de cacau. Obviamente não hesitei. Tinha um casal comendo também e logo tratei de puxar conversa (coisa que não faria se estivesse com o celular na mão). E pasmem (olha o acaso ae geenti): eles estavam vindo da pousada que eu estava indo, tratei de anotar o caminho todo na cabeça e toquei em frente. 

Tinha mais quase 2 horas de viagem, em sua maioria de estrada de chão. A turma alertou: cuide com os buracos e, se chover, pode complicar. 

Tenho uma boa noção de boleia e já tinha passado algumas experiências nas dunas do Farol de Santa Marta. Assim que atingi a estrada de chão, encostei, murchei um pouco os pneus e sentei a púa sem medo. Eu estava felizão, curtindo aquele momento. Eu comigo mesmo! Em um grupo de amigos, quando alguém está fazendo algo muito massa e manda nos grupos, temos o hábito de dizer que o céu, para aquela pessoa, é aqui – no caso, na Terra!! Ahhaah 

E para mim, de fato, era o meu céu naquele momento!  Sozinho, amarradão e indo para Maraú ficar em uma pousada animal. Estava completamente feliz com a minha companhia!

Nesta semana, um amigo levantou um assunto importante na sua rede social: FOMO! Já ouviu falar disso!? Fear of missing out! É o ato de não querer perder nada, de estar sempre em todos os eventos com a galera, mesmo que, às vezes, você nem queira. É um assunto bem sério, sobre o qual pouca gente fala, mas durante a semana discutimos sobre isso e foi legal. 

Eu cheguei à seguinte conclusão (errado ou não): querer estar em tudo o tempo todo pode ser porque você não gosta da própria companhia!! 😱 Já parou pra pensar nisso!? Delicado, não!? 

E o seu céu, é aqui? 

 

Este texto não tem objetivo de promover algo, é apenas uma crônica.

Se você se achou no meu relato e quer comentar algo ou ficou com alguma dúvida e tem dicas ou sugestões, é só gritar aqui: joaoguilherme@labadeetour.com.br

Um forte abraço,

João Guilherme Rebellato

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Contos do Jalapão, por João Guilherme https://labadeetour.com.br/2021/05/13/contos-do-jalapao-por-joao-guilherme/ Thu, 13 May 2021 21:11:25 +0000 https://labadeetour.com.br/?p=8714 “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem […]

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Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV.
Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu.
Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor.
Conhecer o frio para desfrutar o calor.
E o oposto.
Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto.
Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.”

 

Esse trecho do livro “Mar Sem Fim”, de Amyr Klink, é um mantra que inspira muitos viajantes mundo afora, e comigo não é diferente. Em recente viagem ao Jalapão, chegando no primeiro atrativo, o Cânion Sussuapara, em uma estrutura super simples, eu me deparei com um humilde quadro na entrada do atrativo. Lá estavam esses dizeres do Amyr, que, para muitos, é só um quadro e passa despercebido. De repente, toda a movimentação daquela viagem já fazia muito sentido.

Bom, vamos lá, o Jalapão é uma região que fica no estado do Tocantins, o estado brasileiro mais novo, e a sua porta de chegada é a capital Palmas. De difícil acesso, é uma das regiões mais preservadas do país, entre dunas, fervedouros, pôr do sol e cachoeiras, está um dos mais lindos e bem preservados cenários brasileiros. 

O Jalapão já estava na minha lista de destinos há algum tempo, com a desculpa de um aniversário. Com 30 mil milhas da LATAM e uma recepção digna de pioneiros no Jalapão, eu me joguei para conhecer o Korubo Safari Camp. Um glamping que fica dentro de terras quilombolas, às margens do Rio Novo, e que comanda uma operação de imersão total na natureza desde 2000. Neste texto, você vai perceber que usarei muito 3 palavras: Experiência, Momento e Detalhe!

Diz a lenda que o nome Jalapão foi dado por causa de um tubérculo típico da região, chamado jalapa. A partir desse tubérculo, fizeram uma cachaça conhecida como jalapinha. Ao perceber que a dose diminuía com o passar do tempo, um sujeito chegou ao boteco e disse “Me veja um Jalapão aí!”. Desde então, a história ficou “Vou lá tomar um Jalapão”.

Eu me joguei na viagem com a mente e o coração abertos. Eu sabia que haveria mais pessoas na trip, mas não fazia ideia do que faziam, o que comiam e de onde vinham. Mas,  já vou logo te contando: um dos pontos altos da viagem foi a turma. Quando olhei as pessoas, percebi que não tinham nada a ver entre si, mas que match que deu!!! Sabe aquelas boas coincidências da vida? Então, essa foi uma que eu faço questão de contar.

Durante a viagem, conheci pessoas incríveis:

– Carinhosamente apelidado de Barack Obama, Raimundinho foi o chefe da galera. Dono de uma empatia impressionante, ele presenteou a todos com muita música boa e palavras certas nas horas exatas. Boêmio da zona leste de “Sampa”, ele acompanhou a bagunça o tempo todo. Para você ter uma ideia, o nome do grupo do WhatsApp é “Amigos do Barack!”;

– Como consequência,  a esposa do chefe, chamada Wilminha, foi apelidada de Michelle Obama. Alegre e parceira, ela sempre tinha uma palavra de amor para soltar;

– Meu parceiro de acomodação, Marcelo, sempre tinha de tudo na mochila. O cara é o mestre da TI, e, junto com o Barack, arrebentou na viola e na caipirinha. Estava vindo de Bonito e viajava sozinho pela primeira vez;

– Já Hudson e Fábio, ambos moradores do Rio de Janeiro, trabalham embarcados em plataforma no meio do mar. Um fazia a gente rir de dia e o outro à noite;

– Ana, de “Sampa”, viajava sozinha e era a mais discreta da turma. Ela mostrou muita coragem ao encarar o medo da água na canoagem no Rio Novo;

– Tamiris, carioca do Méier, foi apelidada de MM (Miss Méier). Ela era a rainha das fotos, pois deu dicas para todo mundo sobre como caprichar nas poses. Alegre, bonita e divertida, ela sabia todos os funks na ponta da língua;

– Ana era minha parceira de profissão e de dia de aniversário. Comemoramos o aniversário com um bolão “de respeito” e uma jarra de caipirinha. Sempre ficava até o fim e é namorada do Japa mais engraçado do planeta;

– O Japa ficou um dia e meio quieto. E, com uma chave geral, quando Marcelo soltou um Charlie Brown na viola, o cara ligou no 220. Com tiradas geniais e cantando simplesmente todas as músicas de todos os gêneros, o cara é o rei da tiração de sarro e simpatia. Ah, o nome dele é Daniel;

– Pedro é um carioca gente fina. Apelidado de “Gabriel, o Pensador” e dono de uma criatividade diferenciada, ele comanda as estampas de uma marca famosa de roupas, no Rio, e viajava com a namorada, Letícia;

– Viajando junto da amiga, Tamiris, a Letícia é uma dentista carioca sempre bem humorada e com percepções bem aguçadas da natureza e do ambiente;

– Rafa e Vini são dois paulistas e amigos de infância. Dois caras gente finíssimas, engraçados e cachaceiros. Saindo do Jalapão, iam emendar mais uns dias no Ceará;

– Karol com K, advogada de “Sampa” que era muito parceira no rolê e ficava até tarde cantando com a galera. Ah, ela é especialista em tirar fotos conceituais em fervedouros;

– Carol com C, é mineira e trabalha com marketing em uma construtora de Belo Horizonte. Dona de um típico sotaque mineiro, ela comandou como ninguém a canoagem no Rio Novo, simplesmente encalhando em todas as margens do rio nos primeiros 500 metros.

 

Caso você ainda não tenha a experiência de viajar sozinho, faça. Você vai se surpreender, pois há algo muito especial nessa experiência. Para mim, normalmente, a viagem começa alguns dias antes. Gosto muito do processo de pensar no que levar, de arrumar as malas e tudo mais. Nesse caso, não foi diferente. Como eu estava indo para um glamping no coração do Parque Estadual do Jalapão, tentei tomar mais cuidado no checklist. Mas a LATAM mudou meu voo em cima da hora – isso tem acontecido muito – e tive que fazer a mala voando e partir para o aeroporto com o risco de ter esquecido algo. 

Quando vi, estava sentado na poltrona do avião, e ali já comecei a me desconectar do meu mundo comercial e entrar no modo mini férias. E percebi que tinha esquecido algumas coisas que estavam no checklist, mas lá na frente você vai entender que, no fundo, eu não precisava de nada além do que tinha. 

A ida foi cansativa, chegamos em Palmas quase 2h da madrugada. Até chegar ao hotel, fazer o check-in e tomar uma ducha rápida, devo ter ido dormir perto das 3h da manhã. Às 8h, todos estavam prontos na recepção, e o melhor: a partir dali estava tudo incluso no passeio, menos bebida alcoólica! 😊 

A Korubo Safari Camp fez um briefing de viagem e nos entregou o kit sobrevivência, com muito capricho em cada detalhe. Aí partimos! Aliás, a empresa é muito comprometida com a sustentabilidade, show demais isso. E a primeira regra ao embarcar nessa experiência incrível é: paciência, já que são horas de estrada de chão, uma vez que tudo é muito longe e demorado. Mas, prometo, vale cada minuto. Cada momento na estrada vem acompanhado de um visual incrível do cerrado brasileiro. Ansiedade, inquietações e pensamento no futuro foram dando lugar a uma calmaria gostosa, o modo avião no celular nunca foi tão bem-vindo.

                             

 

Em nosso primeiro dia de expedição, paramos no Cânion e chegamos ao acampamento no fim da tarde. Troca de carros, alimentação, parada para lanche, troca de equipe… tudo muito bem coordenado. A organização do acampamento impressiona, tudo muito bem pensado e montado. 

Localizada em uma comunidade quilombola, a Korubo não só se preocupa com o ecossistema do Jalapão, mas também cuida muito bem dos moradores locais. Além de auxiliar no transporte, com ajuda de custos, ainda emprega boa parte   deles no acampamento, deixando a comunidade mais sustentável. 

Uma soma de detalhes em tudo. Percebi rapidamente que o maior luxo seria a experiência que viveríamos a partir dali! Ao chegar, fiz um mergulho na prainha particular no Rio Novo e tomei uma cerveja trincando pra espantar a poeira da viagem. Depois de caipirinha de boas-vindas, apresentação da equipe e um jantar ótimo à noite, finalizamos curtindo um céu tão estrelado que mais parecia uma parede pintada à mão. 

                         

 

Na primeira manhã, despertei às 5h30 e aproveitei o nascer do sol observando a beleza da natureza no mirante. Minha mãe tinha colocado uma carta na minha mochila e dito para eu abrir só no dia do aniversário, então fiz isso vendo o sol nascer com a serra do Espírito Santo como cenário. Que momento mágico! Enquanto lia o recado da Neusinha, parece que entrei em um estado meditativo. Só conseguia sentir uma energia muito boa e forte, e uma sensação de agradecimento infinita, misturada com lágrimas molhando a folha de sulfite escrita à mão.

E assim cheguei aos 38. O dia foi incrível e fisicamente cansativo, mas, entre fervedouros e muita risada, a alma parecia que ia ficando mais e mais leve.  Jantar top, com direito a bolo, parabéns, muita caipirinha e roda de viola até as 3h da manhã. No dia seguinte, acordei com a maçã do rosto doendo de tanta risada!

Os próximos dias foram intensos e cheios de experiências e momentos muito especiais, incluindo dunas, pôr do sol, cachoeiras, fervedouros, a fazenda do Pablo Escobar e fogueira à luz das estrelas. Mas também foram dias cheios de sabores locais: buriti, seriguela, chambari e arroz com pequi foram alguns deles… ah sem falar nos sucos, que delícia! Sempre geladinho e natural, com sabores do cerrado brasileiro.

Essa semana que passou foi muito especial. O conceito do acampamento, a turma, o cenário, o aniversário, os sabores e, principalmente, a desconexão do virtual para se conectar com o que é real. A sensação de estar longe de tudo e de todos e não precisar de nada, absolutamente nada. Sabe aquela percepção do que realmente importa? Sabe aquele dito popular de que “menos é mais”? Sabe aquela frase absurda do Leo, “a simplicidade é o último grau da sofisticação”? Então, isso nunca fez tanto sentido.

Um agradecimento especial à galera citada acima que fez parte dessa viagem. À Cinthia e à Priscila da Korubo. Aos guias, Buri, Adail, Zé Filho; aos cozinheiros, Marcelo e Marcos. Vocês transformaram essa experiência rica em detalhes em momentos muito agradáveis.

À BWT Operadora, parceira de vendas da Labadee Tour, obrigado!

E aí, vai um trago de Jalapão?

Se você se achou no meu relato e quer comentar algo ou ficou com alguma dúvida e tem dicas ou sugestões, é só gritar aqui: joaoguilherme@labadeetour.com.br

Um forte abraço,

João Guilherme Rebellato

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Punta Cana de portas abertas: como é viajar para este paraíso na pandemia https://labadeetour.com.br/2021/03/26/punta-cana-de-portas-abertas-como-e-viajar-para-este-paraiso-na-pandemia/ Fri, 26 Mar 2021 15:47:47 +0000 https://labadeetour.com.br/?p=8645 Recentemente, eu embarquei na primeira viagem internacional desde o começo da pandemia. Fui convidado para visitar Punta Cana pela BWT Operadora, uma grande parceira nossa. Eu já tinha ido a esse destino há 13 anos. Mas, além de revisitar o local e me atualizar, eu queria muito viver a experiência dos novos protocolos de biossegurança […]

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Recentemente, eu embarquei na primeira viagem internacional desde o começo da pandemia. Fui convidado para visitar Punta Cana pela BWT Operadora, uma grande parceira nossa. Eu já tinha ido a esse destino há 13 anos. Mas, além de revisitar o local e me atualizar, eu queria muito viver a experiência dos novos protocolos de biossegurança nos aeroportos e hotéis. Acredito que, em um momento como este, é importante viver essa experiência.

Há 20 anos trabalhando com turismo, eu já tenho alguma experiência em fazer malas e preparar documentos para embarque, o que não é uma novidade. Porém, confesso que foi frio na barriga! Eu me senti como um novato na arte de fazer malas, e montei duplo checklist para tudo, absolutamente tudo!

Ao fazer toda essa função, que acho extremamente divertida, afinal, já faz parte da viagem, percebi que essa insegurança vinha porque eu sabia que enfrentaria um mundo completamente novo. Além dos documentos necessários para entrar e sair dos países, eu ainda não tinha vivenciado nenhum protocolo de biossegurança. Isso me fez ter as mais diversas dúvidas: “como será o voo internacional neste contexto?”, “e no aeroporto, a sala VIP estará funcionando?”, “e na chegada, imigração, traslado e check-in?”. Resumindo: tudo igual, mas diferente! E, confesso, eu me senti muito seguro o tempo todo!

O voo internacional foi super tranquilo, embora cheio. Eu fiquei o tempo todo de máscara, a comida foi disponibilizada no estilo de lanche box e sem bebida alcoólica, e o protocolo de embarque estava muito melhor e mais organizado. Além disso, o desembarque ficou incrível, fileira por fileira. Isso deveria ser mantido para sempre!

A passagem pela imigração foi muito tranquila. Apesar de a República Dominicana não exigir exame PCR, você pode ser selecionado no desembarque para fazer um teste rápido. Adivinha? Fui selecionado! Fiz o teste rapidamente e, em 10 minutos, já estava liberado e ansioso para chegar ao hotel…

Já gostei do check-in, mais espaçado, sem filas e um atendimento mais personalizado, com orientação de uso de máscara o tempo todo, álcool em gel espalhado por todos os cantos e protocolos por todo lado. Apartamentos ficam 48 horas vazios entre um hóspede e outro. Além disso, academia, banheiros, restaurantes, spa e cassino têm limite máximo de pessoas.

Mesmo estando em um hotel no meio do Caribe, eu me senti bastante seguro. Para voltar ao Brasil, é obrigatório fazer o teste PCR com 72 horas de antecedência, então nós fizemos no próprio hotel. Fantástico, né? Cômodo, rápido e fácil!

Nós aproveitamos para curtir o hotel e visitar alguns outros, atualizar as novidades, tarifas e detalhes. Conversei com muitas pessoas locais, que me contaram que a previsão de ter o país todo vacinado é de 30 dias. O destino depende quase que exclusivamente do turismo internacional, então ver o movimento voltando leva esperança para os colaboradores dos hotéis.

O ponto mais alto da viagem foi uma ilha que visitamos, localizada do lado do mar do Caribe: a ilha Saona. Para chegar até lá, é necessário fazer um deslocamento de 1h de carro, além de 2h de catamarã, mas eu prometo que vale cada minuto, pois o local é uma das praias mais lindas que já visitei!

Eu voltei completamente satisfeito com essa nova experiência, que valeu muito a pena. Seja na pandemia ou fora dela, espero que nunca nos falte esse frio na barriga!

Para finalizar, reforço que este texto não tem objetivo nenhum de promover algum país, cidade, região ou estado. Não importa aonde você vá, os protocolos de segurança biológica devem ser cumpridos conforme as exigências de cada local. Países em todas as partes do mundo estão fazendo o máximo possível para retomar atividades turísticas mantendo a proteção de pessoas locais e visitantes. Assim, poderemos superar esta fase o quanto antes.

Se você gostou do meu relato, deixe seu comentário abaixo e fique à vontade para tirar suas dúvidas e pedir dicas ou sugestões falando comigo por aqui: joaoguilherme@labadeetour.com.br

Um forte abraço,

João Guilherme Rebellato

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Lembranças que inspiram: trekking no Peru e outras experiências pelo mundo https://labadeetour.com.br/2021/02/11/lembrancas-que-inspiram-trekking-no-peru-e-outras-experiencias-pelo-mundo/ Thu, 11 Feb 2021 21:17:27 +0000 https://labadeetour.com.br/?p=8488 Eu quero te contar uma experiência incrível que tive ao fazer trekking. Saí de Cusco, no Peru, e fui até Machu Picchu, a cidade perdida, caminhando. Em 4 dias de trilha, estive cercado por visuais de tirar o fôlego e recuperei as energias dormindo em lodges muito charmosos. O programa se chama LARES, e mistura […]

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Eu quero te contar uma experiência incrível que tive ao fazer trekking. Saí de Cusco, no Peru, e fui até Machu Picchu, a cidade perdida, caminhando. Em 4 dias de trilha, estive cercado por visuais de tirar o fôlego e recuperei as energias dormindo em lodges muito charmosos. O programa se chama LARES, e mistura trekking com atividades culturais locais com guias especializados. Diga-se de passagem, é um programa imperdível!

Fazia algum tempo que eu não viajava sozinho. Nas últimas vezes, sempre estive acompanhado de amigos, família ou colegas, a trabalho. Se você ainda não é adepto ou nunca vivenciou essa experiência, eu recomendo.

Passei a madrugada no avião no trajeto de Curitiba para Cusco e tive praticamente apenas uma tarde de adaptação à altitude. Chegando ao hotel, tentei descansar o máximo possível e me hidratar muito, pois as atividades começariam logo pela manhã do dia seguinte. 

Eu nunca tinha feito trekking antes e sabia que seria um grande desafio, já que, além de ter que encarar a altitude, meu joelho esquerdo incomodava há algum tempo. No entanto, eu estava decidido a encarar a aventura. Após um casal de norte-americanos, dois britânicos e um trio da Nova Zelândia se juntarem ao grupo, estava formado o nosso time, que mostrou muito bom humor logo no briefing.

Não sei se você já fez trekking, mas, para mim, foi uma novidade. Ao mesmo tempo em que estávamos em 10 pessoas, em diversos momentos eu me senti completamente sozinho, com milhões de pensamentos vibrando na cabeça. De repente, vieram à mente as lembranças de todas as viagens que eu já tinha feito até então, dos lugares e pessoas que conheci, e isso começou a ficar muito divertido! Percebi que o meu maior bem até então é o meu passaporte.

Por meio do meu trabalho (sou agente de viagens há quase 20 anos), tive a oportunidade de conhecer muitos lugares – cerca de 70 países. Comecei a ir mais a fundo e puxei na memória minha primeira viagem internacional aos 7 anos, quando embarquei para a Patagônia, na Argentina, e fui conhecer a famosa Bariloche.

Meio que sem querer, nunca mais parei. Virei um apaixonado por viajar, conhecer lugares, culturas e povos diferentes. Resolvi colocar no papel todo esse turbilhão de ideias, memórias, lembranças e anseios, mas, em vez de escrever meus 20 lugares favoritos ou fazer uma lista dos 10 melhores destinos, prefiro contar para você o que cada lugar que conheci marcou em mim, seja a partir de uma excelente ou até uma péssima lembrança.

A regra é simples: não vai ter regra. Vou escrever sobre países, cidades e regiões de forma aleatória, deixando a memória fluir sem qualquer preconceito ou julgamento. Não vou citar nome de nenhum parceiro de viagem, sob pena árdua de esquecer alguém e cometer grave injustiça.

Experiências

Claramente, você vai perceber que museus e igrejas não são o meu forte. Busco em minhas viagens ter experiências locais, sempre muito voltadas a beber e comer como os nativos de cada região. Embarque comigo nessa aventura que deliciou minha cabeça durante meu caminho a Machu Picchu.

Labadee no Haiti ficará marcado para sempre na minha existência. Eu jamais esquecerei o mergulho livre que fiz aos 12 anos de idade, e a receptividade daquele povo. Que lugar incrível!

Às 4:40 da manhã, participei de uma cerimônia de oferenda aos monges budistas no Laos.

Nunca sairá da minha memória o mergulho com tubarões martelo nas ilhas Galápagos, que medo!!!

Entrei no castelo de Salzburg, na Áustria, e me arrepiei inteiro, tive a certeza absoluta de que já estive naquele lugar.

Uma cavalgada molhada e gelada, que foi compensada com um belo vinho e um churrasco típico Uruguaio nos Pampas do Sul.

E como não lembrar da atolada de 4×4 a caminho de Santa Teresa, na Costa Rica? Que noite tensa!

Na Amazônia, pousar de hidroavião no meio da selva e na mesma viagem engatar um tucunaré de 20 libras… não tem preço.

E os 250 dólares que ganhei no cassino em Punta Cana, hein?!

Conheci bem os Estados Unidos, morei lá em duas oportunidades. Destaco muito as viagens para o Hawaii e para o Alaska, mas marcante mesmo foi a jornada de 8 horas caminhando do topo do Grand Canyon ao rio Colorado. Épico.

Ah Paris… comer mexilhão e tomar um vinho branco com a minha mãe nas ruas ao lado da Sacré Coeur foi inesquecível.

Entrar na Basílica do Sangue Derramado e encher o olho de lágrima em São Petersburgo, na Rússia, foi emocionante.

E que tal se atirar de AK-47 e entrar e caminhar pelos túneis de Cuchi, no Vietnã? Que lugar quente e apertado.

Certa vez, depois de uma Paella, tomei um porrete de rum em um bar cubano de Madri e não sei como acordei.

O que foi a briga com os Italianos na cidade de Téramo, quando nosso time de handebol do colégio foi jogar um campeonato na Itália? Esses caras são meus amigos até hoje.

E o que dizer da subida a pé na Muralha da China? Era 2:30 da tarde e fazia um frio de 0ºC… que loucura.

Em 2012, passei 12 dias pescando, mergulhando e surfando com 12 amigos. Tudo isso a bordo de um veleiro nas ilhas Maldivas.

E o que você me diz da experiência de mergulhar com um tubarão branco e surfar a tão famosa onda de Jeffreys Bay, na África do Sul?

Do Panamá, ficou na cabeça a estrutura impressionante das eclusas, que experiência incrível.

Do meu Brasil, não tenho como não falar de Noronha, um dos lugares mais lindos do planeta Terra. E o Carnaval no Rio e em Salvador, meu povo? Não percam essa chance de conhecer o seu país, já!

Quero falar também da incrível experiência de conhecer Berlim inteira de bike, tomar uma cerveja num pub de 1800 em Amsterdã e trocar de copo de cerveja na cidade de Bruges, na Bélgica, a cada rodada. E o porrete na Oktoberfest de Munique? Quanta alegria! Comer carne de urso na Estônia e de veado na Finlândia na mesma viagem, dar aquela namorada na cidade norueguesa de Oslo, na qual o que mais me impressionou foi o valor do salário mínimo: 3.800 euros.

De Londres, minhas primeiras lembranças são as nuvens e o vento gelado, quanta injustiça! Mas, ao caminhar em plena Oxford Street, vi três gerações de muçulmanos lado a lado, e como a globalização afetou seu modo de vestir, é algo muito interessante. O avô estava todo nos conformes da tradição, com o turbante e a barba grande, já o filho tinha a barba bem mais curta e roupas mais comuns, enquanto o neto tinha uma barba rala, tênis sem meia e um iPhone nas mãos. Thanks, Steve, good job!

Em Bangkok, eu vi um campeonato de Muay Thai em um estádio lotado. Lá também tive meu primeiro encontro com o Budismo.

Devorei uma carne malpassada com molho agridoce de pimenta dedo de moça na cidade de Füssen, o que tentei fazer igual várias vezes, mas não consegui. Que combinação! É por lá que começa a rota dos castelos no sul da Alemanha. Tomar uma cerveja na warpig em Copenhagen comendo uma fraldinha com a mão e cercado apenas por dinamarqueses foi uma experiência e tanto.

Fazer uma sessão de surf no KM 59 em El Salvador só com os amigos foi algo inédito. Acordar de madrugada para ver o sol nascer nos templos de Angkor Wat, no Camboja, foi incrível.

De Dubai, lembro de um pedaço de carne gigantesco e saboroso que comi depois de 12 dias só comendo peixe nas Maldivas.

Ah Istambul, tenho que abrir um novo parágrafo para falar dessa cidade. Tenho tantas lembranças sensacionais de lá que até vou quebrar a regra que eu mesmo criei e citarei várias passagens. A primeira lembrança é de um jantar no Heina, às margens do Estreito de Bósforo, com dois tios muito queridos que já não estão mais aqui. Capital do império otomano, Istambul fica metade na Ásia e metade na Europa. Que choque cultural! 

Falar dos monumentos históricos é chover no molhado, mas eu tive uma passagem por aquela região que me chamou a atenção. Estávamos com a Alessandra, guia brasileira que mora lá e nos sugeriu um tour com os transportes locais. Aliás, quando tiver essa chance, opte por isso. Ao entrar no ônibus, eu percebi que, quando ela foi pagar nossa passagem, o cobrador deu dois toques na mesa, ela soltou o dinheiro e ele pegou. Ela viu que percebi a situação e logo tratou de me explicar: “João, aqui os muçulmanos são divididos em sunitas e xiitas, e um não pode encostar a mão no outro’’. Que loucura, né? O mesmo povo, a mesma religião e eles não podem se encostar? OK.

Sigo buscando as lembranças, mas está começando a ficar difícil. Já visitei alguns museus incríveis: Hermitage, D’orsay, Louvre, Metropolitan, Olho, História Natural, Arte Islâmica, Anne Frank, entre outros. O que eu mais gostei foi o de Van Gogh, em Amsterdã. Não sou muito de museu, mas todos valeram a pena.

Doha foi onde eu tive meu primeiro contato com o mundo árabe. É uma cidade interessante que tem mais carro do que gente!

Da Argentina, eu tenho várias lembranças, mas a melhor delas foi uma pescaria de dourados de Fly Fishing que fiz no delta do rio Paraná. Já no Chile, a navegação no Estreito de Magalhães foi maravilhosa.

Eu me lembrei de um festival de jazz e blues no meio da rua em New Orleans… quero voltar lá.  Outra vez, quase perdi o embarque do navio em Saint Marteen, e, por pouco, não me dei muito mal em uma pescaria no meio da selva colombiana, onde dormi em uma tribo indígena.

Vou ser injusto: da minha passagem pela Grécia, lembro do azeite de oliva e da salada grega. Peguei um dia de muito frio no fim de maio e não teve praia, mas faz parte!

Entrei na menor catedral da Europa na Croácia, e tomei a cerveja mais barata daquela semana.

Estava sendo cruel com a minha memória. Que noite maravilhosa eu passei em um hotel dentro do Monte Saint-Michel, na Normandia.

Da República Tcheca, tenho duas histórias boas. Visitar a fábrica da Pilsner Urquell e tomar um copo de cerveja direto do barril de carvalho foi uma delas. E a outra foi o porrete de becherovka que tomamos e depois disso voltamos para o hotel a pé às 2:00 da manhã, atravessando a ponte de Carlos com uma lua cheia gigantesca.

Dois dias depois da corrida de fórmula 1, vi um milionário maluco apostar 2 mil euros em todas as rodadas, no casino de Monte Carlo. Ele perdeu em 20 minutos algo próximo a 30 mil euros!

Subir o pico do Marumbi, no primeiro dia do ano, foi uma superação total. Morretes merece ser vista com mais carinho, que lugar bacana, apesar do tamanho pequeno.

É óbvio que vai faltar um monte de história para contar, mas se não veio na cabeça, é porque não veio. Talvez na próxima trilha!

Não tenho como objetivo conhecer um número específico de países, mas ainda falta muita experiência para viver. Perceber que o passaporte que está na gaveta do armário da sala é uma ferramenta de transformação e evolução me fez um bem danado.

Rodeio alguns lugares desse mundo, e termino meu depoimento com uma lembrança da minha cidade: Curitiba. Parafraseio Paulo Leminski para te provocar, afinal, “espero que todos se divirtam, não há mais muito a fazer nesse mundo”. E o seu passaporte, por onde anda?

Este texto não tem objetivo nenhum promover algum país, cidade, região ou estado. Se você se achou no meu relato e quer comentar algo ou ficou com alguma dúvida e tem dicas ou sugestões, é só gritar aqui: joaoguilherme@labadeetour.com.br

Um forte abraço,

João Guilherme Rebellato

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Contos de Viagem: pesca e inspiração na Amazônia https://labadeetour.com.br/2020/12/04/contos-de-viagem-pesca-e-inspiracao-na-amazonia/ Fri, 04 Dec 2020 17:18:51 +0000 https://labadeetour.com.br/?p=8285 Alguns destinos parecem ter sido colocados na nossa jornada no momento certo, bem quando mais precisamos. Você já teve uma experiência assim? O João, da Labadee, passou por isso neste ano turbulento, quando fez uma viagem inspiradora para a Amazônia. Confira abaixo o relato dele: Tivemos um ano e tanto, não é mesmo? Profissionalmente foi […]

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Alguns destinos parecem ter sido colocados na nossa jornada no momento certo, bem quando mais precisamos. Você já teve uma experiência assim? O João, da Labadee, passou por isso neste ano turbulento, quando fez uma viagem inspiradora para a Amazônia. Confira abaixo o relato dele:

Tivemos um ano e tanto, não é mesmo? Profissionalmente foi um desafio monstruoso e sem precedentes, algo jamais sentido pela indústria do turismo e de bares e restaurantes. No âmbito pessoal, 2020 foi um período com decisões extremamente difíceis, dolorosas e igualmente importantes. 

Eis que me aparece uma viagem para a Amazônia, a convite do meu amigo Hermann. Topei de bate-pronto, por alguma razão. Na hora, outro amigo, o Marcello, também topou a empreitada.

João, da Labadee, à direita

Ah, a Amazônia, aquele lugarzinho guardado a sete chaves dentro do meu coração. Só tem outro destino que me traz essa mesma sensação: Fernando de Noronha. Bobo eu, né? Um misto de paz que alimenta o peito e afaga a alma, dando uma sensação tão boa que não sei nem explicar, mas recomendo que você experimente.

Eu sabia que a semana da viagem seria difícil. Pessoalmente, eu vinha de meses complicados, exaustivos e pesados. Demorei quase dois dias para me desconectar, mesmo sem celular. Doido, não? 

Nos quatro dias que passei pescando, acreditar em mim mesmo era uma grande dúvida. Quando falo isso, faço uma completa analogia entre pescaria e a vida. Eu me questionei tanto que, em algum momento, perdi a fé. Muita, mas muita pescaria com pouco peixe. Isso foi tão contraditório que, com esse sentimento rápido e pontual, cravei para meu parceiro Marcello: quinta será nosso dia!!! Eu precisava acreditar em algo.

Como um bom taurino, não largo o osso tão facilmente, e um dos meus grandes defeitos (minha teimosia) virou uma habilidade interessante. Insisti tanto, mas tanto, que sabia que, de alguma maneira, a recompensa chegaria.

Depois de quatro dias de muita exaustão e cabeça abalada, sem uma ÚNICA foto de peixe, senti algo diferente naquela quinta-feira. Ela chegou e, com ela, um sentimento forte, como se fosse um recado da floresta, dizendo “Fique calmo, pois algo bom está te esperando”. Não sabia exatamente o que era, mas tinha algo de diferente no ar. 

Passamos a manhã pescando sem grande sucesso e, perto da hora do almoço, entramos em um lago pequeno, onde uma dupla de pescadores nativos caçavam tracajá. Ao parar para oferecer um Guaraná, um deles disse: este lago não tem peixe, mas o outro lago, depois do Paranã, tem!”. Essa frase entrou na minha cabeça e alimentou a minha alma. Na hora, eu confirmei com o nosso guia se ele sabia chegar lá. Ele acenou com  a cabeça e seguimos viagem! 

Logo na primeira entrada, o Marcello, meu parceiro de viagem, acertou uma bomba de um tucunaré gigante. Alegria absurda em compartilhar aquele momento, linda captura e MUITAS fotos legais dentro d’água. Foi uma explosão de adrenalina. Eu, mesmo feliz com isso, sabia que precisava de algo a mais para chegar aonde gostaria….já passava das 3h da tarde e o sol estava escaldante, o suor escorria pelo corpo inteiro, as mãos estavam cheias de dor e bolhas e os músculos chegaram à exaustão,  mas eu sabia que não era a hora de parar. 

Marcello

Tenho um mantra que a Neusinha me ensinou: “Filho, nas horas difíceis, aumente a intensidade do bom trabalho”. Foi quando o guia cantou:  “João, coloque a hunter bait (isca grande para peixe grande)”. Acatei na hora e não parei de pescar um minuto sequer. Com uma fé inabalável, senti a hora chegar, puxei o ar fundo a plenos pulmões e soltei bem devagarinho. Foi um arremesso longo, no fundo de uma grutinha, com a hunter bait estalando na superfície quente da água e saindo fumaça da carretilha. Foi quando, de repente, péin! Um botijão de gás explodiu na isca. imediatamente, eu sabia que era ELE, seu tucunaré açú. 

O coração disparou, a perna tremeu e, como em um passe de mágica, entrei em um estado crônico, de graça, êxtase e pressão. Parecia que eu estava numa bolha, escutando a linha sair freneticamente da carretilha ao mesmo tempo que ela cortava a água  numa agressividade impressionante. Não sei como, mas consegui controlar a respiração e eu sentia o coração querendo pular pra fora. Um toquinho jaguara no meio do lago, mas com um trabalho ímpar da equipe do barco, nós desenroscamos e voltamos para o meio do lago. Eu continuava a respirar fundo, esperando a emersão do gigante.

Tudo isso não deve ter demorado um minuto e meio, mas pareceu uma eternidade. O berro de alegria, a batida com força no peito como se dissesse para mim mesmo: “aqui não, aqui não!” Aqui tem fé e muita fé. Prazer em revê-lo seu tucuna. Ainda fiquei uns 20 minutos tremendo com a adrenalina no corpo e, ao voltar para o barco, fomos agraciados com um pôr-do-sol maravilhoso no querido rio negro.

A minha sensação de agradecimento era tão grande que, enquanto eu navegava, as lágrimas não hesitaram em cair copiosamente, misturadas com gargalhadas e uma cerveja trincando. Aquele peixe tinha sido muito simbólico. A floresta me deu uma aula de vida que jamais vou esquecer: nunca desista da sua fé, muito menos em você mesmo! Welcome to the jungle, babe!

Gostou da história? Envie seu relato para publicarmos na nossa série Contos de Viagem e confira os textos anteriores em nosso blog. E quer ter essa experiência incrível de pesca no meio da selva? A Labadee vai oferecer um grupo para novembro de 2021. Clique aqui para falar conosco e planejar suas próximas aventuras!

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Haja hoje para tanto ontem – 35 and couting! https://labadeetour.com.br/2018/04/27/relato-labadee/ Fri, 27 Apr 2018 19:48:15 +0000 https://labadeetour.com.br/?p=5665 Às vésperas de completar meus 35 anos de idade, embarquei para uma aventura. Saí de Cusco, no Peru e fui até Machu Picchu, a cidade perdida, caminhando. Foram 4 dias de trilha, cercado por visuais de tirar o fôlego e recuperando as energias dormindo em lodges* muito charmosos. O programa se chama LARES, e mistura […]

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Às vésperas de completar meus 35 anos de idade, embarquei para uma aventura. Saí de Cusco, no Peru e fui até Machu Picchu, a cidade perdida, caminhando. Foram 4 dias de trilha, cercado por visuais de tirar o fôlego e recuperando as energias dormindo em lodges* muito charmosos. O programa se chama LARES, e mistura trekking com atividades culturais locais com guias especializados e, diga-se de passagem, imperdível.

Fazia algum tempo que não viajava sozinho. Nas últimas vezes, sempre estive acompanhado de amigos, família ou a trabalho com colegas. Se você ainda não é adepto ou nunca vivenciou essa experiência, eu recomendo.

Passei a madrugada no avião no trajeto de Curitiba para Cusco e tive praticamente apenas uma tarde de adaptação à altitude. Chegando ao hotel, tentei descansar o máximo possível e me hidratar muito, pois logo pela manhã do dia seguinte as atividades começariam. Nunca tinha feito trekking antes e sabia que seria um grande desafio, pois além de ter que encarar a altitude, meu joelho esquerdo incomodava há algum tempo. No entanto, estava decidido a encarar a aventura. Após juntarem-se ao grupo 2 britânicos, 1 casal de americanos e 1 trio da Nova Zelândia, estava formado o nosso time que logo no briefing, mostrou muito bom humor.

Não sei se você já fez trekking, mas para mim foi uma novidade. Ao mesmo tempo em que estávamos em 10 pessoas, por diversos momentos me senti completamente sozinho, com milhões de pensamentos vibrando na cabeça. Decidi que ao invés de pensar no presente ou no futuro, faria uma reflexão de como tinha chegado aos 35, pensando nas coisas ruins e boas que até então. Quase impossível fazer um balanço da vida em tão pouco tempo, mas de repente me vieram as lembranças de todas as viagens que já fiz, dos lugares e pessoas que conheci e cara, isso começou a ficar muito divertido! Percebi que o meu maior bem até então é o meu passaporte.

Através do meu trabalho (sou agente de viagens há 15 anos), tive a oportunidade de conhecer muitos lugares, algo entre 60 e 65 países, mas pouco importa. Comecei a ir mais a fundo e puxei na memória minha primeira viagem internacional aos 7 anos, quando embarquei para a Patagônia, na Argentina e fui conhecer a famosa Bariloche.

Meio que sem querer, nunca mais parei. Virei um apaixonado por viajar, conhecer lugares, culturas e povos diferentes. E agora em 2018, resolvi colocar no papel todo esse turbilhão de ideias, memórias, lembranças e anseios, mas ao invés de escrever meus 20 lugares favoritos ou fazer uma lista dos 10 melhores, prefiro contar para você o que cada lugar que conheci marcou em mim, seja através de uma excelente ou péssima lembrança.

A regra é simples, não vai ter regra. Vou escrever de países, cidades e regiões de forma aleatória, deixar a memória fluir sem qualquer preconceito ou julgamento. Não vou citar nome de nenhum parceiro de viagem, sob pena árdua de esquecer alguém e cometer grave injustiça.

Experiências

Claramente você vai perceber que museus e igrejas não são o meu forte. Busco em minhas viagens ter experiências locais, sempre muito voltadas a beber e comer como os nativos

da região. Embarque comigo nessa aventura que deliciou minha cabeça durante meu caminho a Machu Picchu.

Labadee no Haiti ficará marcado para sempre na minha existência. Aos 12 anos, jamais esquecerei o mergulho livre que fiz e a receptividade daquele povo. Que lugar incrível!

Às quatro e quarenta da manhã, participei de uma cerimônia de oferenda aos monges budistas no Laos.

Nunca sairá da minha memória o mergulho com tubarões martelo em Galápagos, que medo!!!

Entrei no castelo de Salzburg, na Áustria, e me arrepiei inteiro, tive a certeza absoluta de que já estive naquele lugar.

Uma cavalgada molhada e gelada, que foi compensada com um belo vinho e um churrasco típico Uruguaio nos Pampas do Sul.

Como não lembrar da atolada de 4×4 a caminho de Santa Teresa, na Costa Rica? Que noite tensa!

Na Amazônia, pousar de hidroavião no meio da selva e na mesma viagem engatar um tucunaré de 20 lbs, não tem preço.

E os 250 dólares que ganhei no cassino em Punta Cana, hein?!

Conheci bem os Estados Unidos, morei em duas oportunidades, destaco muito as viagens para o Hawaii e para o Alaska, mas marcante mesmo foi a jornada de 8 horas caminhando do topo do Grand Canyon ao rio Colorado. Épico.

Ahhhhh Paris… comer mexilhão e tomar uma cerveja com a minha mãe nas ruas ao lado da Sacre Coeur foi inesquecível.

Entrar na Basílica do Sangue Derramado e encher o olho de lágrima em São Petersburgo, na Rússia, foi emocionante.

E que tal atirar de AK-47, entrar e caminhar pelos túneis de Cuchi, no Vietnã? Que lugar quente e apertado.

Certa vez, depois de uma Paella, tomei um porrete de rum em um bar cubano de Madri que não sei como acordei.

O que foi a briga com os Italianos na cidade de Téramo, quando nosso time de handebol do colégio foi jogar um campeonato na Itália? Esses caras são meus amigos até hoje.

E o que dizer da subida a pé na Muralha da China? Era 2:30 e fazia um frio de 0 graus… que loucura.

Em 2012, passei 12 dias a bordo de um veleiro nas ilhas Maldivas, pescando, mergulhando e surfando com 12 amigos.

E o que me diz da experiência de mergulhar com um tubarão branco e surfar a tão famosa onda de Jeffreys Bay, na África do Sul?

Do Panamá, ficou na cabeça a estrutura impressionante das eclusas, que troço incrível.

Do meu Brasil não tenho como não falar de Noronha, para mim um dos lugares mais lindos do planeta Terra. E o Carnaval no Rio e em Salvador, meu povo? Não perca essa chance de conhecer o seu país já!

Quero falar também da incrível experiência de conhecer Berlim inteira de bike, tomar uma cerveja num pub de 1800 em Amsterdã e trocar de copo de cerveja na cidade de Bruges, na Bélgica, a cada rodada. E o porrete na Oktoberfest de Munique? Quanta alegria! Comer carne de urso na Estônia e de veado na Finlândia na mesma viagem, dar aquela namorada na cidade norueguesa de Oslo, na qual o que mais me impressionou foi o valor do salário mínimo, 3.800 euros.

De Londres, minhas primeiras lembranças são as nuvens e o vento gelado, quanta injustiça! Mas ao caminhar em plena Oxford Street, vi três gerações de muçulmanos lado a lado, e como a globalização afetou seu modo de vestir, muito interessante. O avô estava todo nos conformes da tradição, com o turbante e a barba grande, o filho já tinha a barba bem mais curta e roupas mais comuns, enquanto o neto tinha uma barba rala, tênis sem meia e um Iphone nas mãos. Thanks Steve, good job!

Em Bangkok, vi um campeonato de Muay Thai em um estádio lotado. Lá também tive meu primeiro encontro com o Budismo.

Devorei uma carne mal-passada com molho agridoce de pimenta dedo de moça na cidade de Füssen, que tentei fazer igual várias vezes e não consegui. Que combinação! É por lá que começa a rota dos castelos no sul da Alemanha. Tomar uma cerveja na warpig em Copenhagen comendo uma fraldinha com a mão e cercado apenas por dinamarqueses foi uma experiência e tanto.

Fazer uma sessão de surf no KM 59 em El Salvador só com os amigos foi algo inédito. Acordar de madrugada para ver o sol nascer nos templos de Angkor Wat, no Camboja, foi incrível.

De Dubai, lembro de um pedaço de carne gigantesco e saboroso que comi depois de 12 dias só comendo peixe nas Maldivas.

Ahhh Istambul, tenho que abrir um novo parágrafo para falar dessa cidade. Tenho tantas lembranças tops de lá que até vou quebrar a regra que eu mesmo criei e citar várias passagens. A primeira lembrança remonta um jantar no Heina, às margens do Estreito de Bósforo, com dois tios muito queridos que já não estão mais aqui. Capital do império otomano, Istambul fica metade na Ásia e metade na Europa. Que choque cultural, pqp! Falar dos monumentos históricos é chover no molhado, mas tive uma passagem por aquelas bandas que me chamou a atenção.

Estávamos com a Alessandra, guia brasileira que mora lá e nos sugeriu um tour com os transportes locais. Aliás, quando tiver essa chance, opte por isso. Ao entrar no ônibus, percebi que quando ela foi pagar nossa passagem, o cobrador deu dois toques na mesa, ela soltou o dinheiro e ele pegou. Ela viu que percebi a situação e logo tratou de me explicar: ‘’João, aqui os muçulmanos são divididos em sunitas e xiitas, e um não pode encostar a mão no outro’’. Que loucura cara, o mesmo povo, a mesma religião e eles não podem se encostar? Ok.

Sigo buscando as lembranças, está começando a ficar difícil. Já visitei alguns museus muito massa: Hermitage, Dorsay, Louvre, Metropolitan, Olho, História Natural, Arte Islâmica, Anne Frank e etc., mas o que eu mais gostei foi o de Van Gogh em Amsterdã. Não sou muuuuito de museu, mas todos valeram a pena.

Doha – onde tive meu primeiro contato com o mundo árabe -, cidade interessante que tem mais carro do que gente!

Da Argentina tenho várias lembranças, mas a melhor delas foi uma pescaria de dourados de Fly Fishing que fiz no delta do rio Paraná. Já no Chile, a navegação no Estreito de Magalhães foi foda.

Me lembrei de um festival de jazz e blues no meio da rua em New Orleans… Quero voltar lá.  Outra vez, quase perdi o embarque do navio em Saint Marteen, e por pouco não me dei muito mal em uma pescaria no meio da selva colombiana, onde dormi em uma tribo indígena.

Vou ser injusto, mas da Grécia lembro do azeite de oliva e da salada grega. Peguei um dia de muito frio no final de maio e não teve praia.

Entrei na menor catedral da Europa na Croácia, e tomei a cerveja mais barata daquela semana.

Estava sendo cruel com a minha memória. Que noite maravilhosa que passei em um hotel dentro do Monte Saint-Michel, na Normandia.

Na República Tcheca tenho duas histórias boas. Visitar a fábrica da Pilsen Urkell e tomar um copo de cerveja direto do barril de carvalho foi uma. E a outra foi o porrete de becherovka que tomamos e voltamos para o hotel a pé às duas da manhã, atravessando a ponte de Carlos com uma lua cheia gigantesca.

Dois dias depois da corrida de fórmula 1, vi um milionário maluco apostar em todas as rodadas 2 mil euros, no casino de Monte Carlo. Ele perdeu em 20 minutos algo próximo a 30 mil euros.

Subir o pico do Marumbi, no primeiro dia do ano foi superação total. Nossa Morretes merece ser vista com mais carinho, que lugarzinho bacana.

Óbvio que vai faltar um monte de história para contar, mas se não veio na cabeça é porque não veio. Talvez na próxima trilha ano que vem, hahaha.

Não tenho como objetivo conhecer um número especifico de países, mas ainda falta muuuuuuita experiência para viver. Perceber que o passaporte que está na gaveta do armário da sala é uma ferramenta de transformação e evolução me fez um bem danado.

Rodeio alguns lugares desse mundo, e termino meu depoimento com uma lembrança da minha cidade, Curitiba. Parafraseio Leminski para te provocar, afinal “espero que todos se divirtam, não há mais muito a fazer nesse mundo”. E o seu passaporte, por onde anda?

Esse texto não tem objetivo nenhum de promover algum país, cidade, região ou estado, bem como nenhuma empresa. Se você se achou nesse texto, quer comentar algo ou ficou com alguma dúvida, grita aqui: joaoguilherme@labadeetour.com.br

Um forte abraço,

João Guilherme Rebellato

O post Haja hoje para tanto ontem – 35 and couting! apareceu primeiro em Labadee Tour - Viva mais, viaje mais!.

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